Sessão da Câmara de Cachoeira dos Índios 24/02/2016

28/02/2016 18:53

Fomos informados que a primeira sessão havia sido cancelada. No entanto, semana passada, nos surpreendemos com a leitura da ata. 

Se você se pergunta por quais motivos a nossa cidade é tão politicamente desprezada, poderá encontrar as respostas assistindo a uma sessão da Câmara Municipal. De um lado, vereadores despreparados e descomprometidos e do outro, uma plateia nada numerosa que não representa a população de 10 mil habitantes. Um ambiente saturado por um clima de comodismo e improviso. Os vereadores fingem que legislam enquanto os cidadãos não acompanham e nada cobram de seus eleitos.  

Espera-se que após longas férias, haja uma grande quantidade de projetos importantes, revolucionários, capazes de transformar a vida das pessoas, mas não é o que acontece. Mesmo em dias de tribuna livre, a frequência é baixa e na ultima sessão, apenas um orador da comunidade se inscreveu. Valter Luiz falou sobre uma senhora que enfrenta enorme dificuldade com a dependência química do filho, que em consequência disso, não conseguem alugar uma casa para morar, solicitando, portanto, do poder público, uma solução, a exemplo da doação de uma casa para essa família.

 

Vereador Francisco (DEM)

 

Fez uso da tribuna para apresentar dois projetos de lei e pedir o apoio dos colegas para a aprovação. Um dos projetos dá nome ao açude do Serrote do Quati homenageando um morador local. O outro confere título de Cidadão cachoeirense ao Sargento Calixto pelos serviços prestados, no breve tempo em que presta serviço em nosso município. Francisco também pediu ajuda aos demais vereadores para resolver o problema apresentado por Valter Luiz.

 

 

 

 

 

Vereador Chico Brito (PR)

Chico Brito fez o pronunciamento mais longo e falou totalmente de improviso. Ao contrário da maioria dos colegas, não tinha anotações. Os assuntos sobre os quais discorreu foram aleatórios, o que fez do seu discurso uma verdadeira colcha de retalhos. Iniciou falando de um acidente que presenciou, o qual vitimou duas pessoas, pulou para um casal que morreu de uma descarga elétrica durante um temporal, semanas antes. Aproveitou a presença de um conterrâneo no auditório, para se ufanar do sítio onde nasceu e cresceu ao listar pessoas de lá que se graduaram nos últimos anos. Em seguida cumprimentou o ex-candidato Raimundão, afirmando que este está construindo uma capela em sua propriedade e num gesto assistencialista prometeu doar-lhe um saco de cimento. Convidou os colegas a também exercitarem seu assistencialismo. Sobre Raimundão e sua capela ainda afirmou que religião é coisa importante e a fé em Deus também. Por fim, parabenizou os colegas por seus projetos e encerrou. Onde está a profundidade e a utilidade da fala desse vereador? É o famoso encher linguiça. Com tantos problemas que essa cidade padece, nenhuma iniciativa, nada concreto ou de execução prática. Após meses de férias, nenhum projeto pra propor. Lamentável.

 

Vereador Adriano (PMN)

Adriano protestou que comerciantes que ganham dinheiro estejam ganhando dinheiro com a seca e retirando água de poços e caixas destinados ao uso da população. Classificou a situação com absurda e cobrou providências do prefeito para que não continue acontecendo. Também pediu a abertura de uma estrada no bairro Pedra da Moça.

 

 

 

 

 

 

 

Vereadora Leneide (DEM)

Leneide foi a parlamentar que melhor soube aproveitar o tempo regulamentar na tribuna e o fez para apresentar seus projetos. Depois do projeto Sessão Itinerante proposto pela vereadora no ano passado e que não saiu do papel. Esse ano, Leneide propõe alterar o regulamento da casa Epitácio Leite Rolim. Pelo seu projeto, a Câmara passa a realizar duas sessões semanais noturnas (atualmente só há uma sessão às quartas-feiras às 16h) para que haja mais tempo de debater as matérias e para que a população possa participar mais. Seu projeto também sugere a retirada de 10% dos subsídios dos vereadores faltosos. Durante sua fala Chico Brito pediu um aparte para parabenizar a colega e lembrar que em mais de 50 anos de atividades, a Câmara de Cachoeira dos Índios não tem sede própria. A vereadora sugeriu acrescentar um parágrafo regulando que o seu projeto entraria em vigor em janeiro de 2017, uma vez que esse ano tem campanha política. Alguns vereadores pediram que o projeto fosse retirado de pauta, já que necessitaria desse ajuste. Ficou acertado que será votado na próxima sessão.

 

 

Vereador Edegildo (PMDB)

Edegildo fez breve uso da palavra pra perguntar aos colegas se haveria concurso público, pois as pessoas estavam perguntando e ele não sabia o que responder. Coisa que ele poderia perguntar em off aos colegas. A outra questão foi um pedido para que o prefeito tomasse providências com relação à “fedentina” em uma rua da cidade. É triste ver que em vez de elaborar projetos sistemáticos de saneamento básico, os vereadores se limitam individualmente a pedir soluções para suas fedentinas particulares.

 

 

 

 

 

 

Vereador Itamar Leite (PR)

Itamar informou que a cidade de Cachoeira dos Índios foi contemplada com um abrigo para idosos e que é necessário providenciar um terreno onde possa ser construído. Lembrou que há um terreno que pertence a prefeitura e outro de propriedade da paróquia e que vai entrar em contato com o prefeito e com o padre para viabilizar a doação do terreno.

 

 

 

 

 

 

 

 

 Vereador Djalma (PMN) entrou mudo e saiu calado. O Vereador presidente da Câmara Zuzu (PTB) presidiu a sessão e o Vereador Feitosa (DEM) não compareceu.