Professores de Cachoeira sem motivos para comemorar

15/10/2013 17:51

Qual o profissional mais importante que existe? A resposta é única: é o Professor. Mas será que esse profissional é valorizado como deveria ser? Será que ele recebe o salário justo e tem as condições de trabalhado suficientes para o desempenho de tão importante trabalho?

O professor sendo o profissional mais importante na sociedade deveria ser o mais valorizado, no entanto, não é o que ocorre Brasil e muito menos em Cachoeira dos Índios. Se no Japão, o sistema de governo é uma monarquia parlamentarista, todos são obrigados a reverenciar o Imperador, somente sendo dispensados os profissionais do magistério que possuem status acima até mesmo de seu chefe de governo e de estado, é por isso que os japoneses se orgulham tanto de sua eficiência na formação educacional.

Já no nosso humilde município localizado em uma das regiões mais necessitadas de formação educacional, os nossos professores são tratados sem a menor sensibilidade por parte de nosso gestor municipal, que diz governar numa democracia, mas faz questão de ter os professores debaixo de seu autoritarismo, impondo-lhes suas vontades e pagando lhes o salário quem bem entende. O mandatário local descumpre a legislação vigente de forma impiedosa e destemida, não reajustando o piso salarial nacional da categoria, pelo contrário, tira-lhes os incentivos devidos, além de não demonstrar nenhum interesse em promover a formação continuada preconizada no plano de cargos carreira e remuneração (PCCR).

É quase em vão a existência do sindicato dos funcionários, o SINFUMCI, já que o dono do poder recebe os sindicalistas somente para lhes dizer que não existe dinheiro para pagar os vencimentos devidos e ainda busca através da câmara municipal, que é totalmente subserviente às suas vontades, reduzir os salários dos professores e lhes impor a mesma carga horária, proposta essa que talvez tenha sido a mais absurda já foi ouvida por um professor ao longo de sua carreira no magistério.

Assim nossos guerreiros educadores infelizmente não têm o que comemorar em seu dia, mas apenas lamentar tamanho infortúnio. Depois de tantas lutas e tantas vitórias, em Cachoeira dos Índios abre-se um precedente de retrocesso jamais visto ou se quer imaginado pelos grandes pensadores da educação. Nossos professores ficam reféns dessa situação absurda de desprezo e desrespeito, sem ter a quem recorrer, apesar de que já foi mais do que provado que existem recursos suficientes para lhes pagar um salário formidável. Os sites e blogs testemunham isso e não são receosos em divulgar os excessos de gastos sem utilidade presenciados na atual gestão, excessos esses que só beneficiam aliados e apadrinhados.