A verdade sobre o acontecimento de março na Câmara de Cachoeira

24/04/2016 23:22

Na Sessão do dia 30 de março de 2016 aconteceria a Tribuna Livre na Câmara Municipal da nossa cidade. Infelizmente, num ato de manobra política e desrespeito com a população os vereadores faltaram a ocasião. Isso porque os mesmos viram que durante a semana estava acontecendo uma organização por parte dos produtores culturais da nossa cidade.

Um ato que tinha o objetivo apenas de cobrar dos nossos representantes que voltem o olhar para o fazer cultura sem que essa seja tratada como favor. As reivindicações consistiam em transparência dos recursos da cultura e valorização de todas as manifestações culturais do nosso município.

Até aí tudo bem! O problema é que os nossos vereadores não estavam lá para ouvir esses jovens. O presidente da Câmara, o vereador Zuzu, alegou que não esteve presente na sessão porque estava em João Pessoa apresentando as suas contas. Vale ressaltar que o mesmo teve suas contas reprovadas. Zuzu estava lotado como motorista do Prefeito e ganhando por esse cargo. O vereador deverá ser obrigado a retornar aos cofres públicos a quantia de quase R$ 10.000.

Pois bem, nesse dia estavam presentes na sessão apenas três vereadores: Adriano Sena, Edegildo e Feitosa. Devido a falta dos demais vereadores a sessão não aconteceu e os produtores culturais não puderam apresentar suas reivindicações. Ficou certo, por meio da fala dos vereadores que ali estavam, que a Tribuna Livre aconteceria na semana seguinte, visto que a sessão não se realizou por causa da falta dos vereadores. O popular conhecido como Broxinha, estando presente e aparentemente tendo ingerido alguma substância alcóolica adentrou, por livre e espontânea vontade, as imediações da câmara e fez uso da fala. O vereador Feitosa chegou a pedir que fosse ligado o microfone para que esse podesse falar. Postura bem diferente da apresentada na semana seguinte quando todos os vereadores lamentaram a presença do popular na sessão ao dizer que o mesmo envergonhou a casa.

Quem envergonha a Câmara Municipal da nossa cidade são os próprios vereadores quando não se fazem presente as sessões, quando não desempenham o trabalho que é de fiscalizar o Prefeito e quando fazem uso de uma política baseada em perseguição, compra de voto e manipulações no processo democrático. Quem não lembra o ocorrido nas últimas eleições quando o Prefeito juntamente com os vereadores fizeram uso de candidatos laranjas?

Senhores, melhorem! Deixem de ser hipócritas! Na semana seguinte, dia 6 de abril, novamente os produtores culturais da nossa cidade voltaram a câmara e procuraram o Presidente para fazer uso da palavra e apresentarem suas propostas. Na ocasião o senhor Zuzu disse que o povo não poderia falar porque a Tribuna Livre deveria ter acontecido na semana anterior e fazer a tribuna livre nesse dia era ir contra o regimento da casa. O que o Vereador esquece é que o regimento da casa também manda que os vereadores realizem sessões itinerantes nas ruas e zona rural do nosso município e essas não acontecem por puro comodismo dos mesmos.

Como os jovens presentes no local não puderam falar, apenas se retiraram da câmara e ficaram na rua manifestando a sua indignação e descontentamento com os falsos representantes do povo. Ao usar da fala, o vereador Chico Brito demonstrou descontentamento com os jovens da nossa cidade e disse que os mesmo não sabem fazer política. Foi aí que a juventude deu a resposta ao rebater suas palavras falando algumas verdades ao mesmo. Talvez o vereador tenha ficado tão alterado porque vê que os jovens despertaram do sono, ao contrário dele que continua dormindo.

A indgnação do mesmo é porque a juventude da nossa cidade acredita numa política limpa, sem compra de votos e ameaças. É uma nova política que o nosso país e a nossa cidade vive e a política feita por Chico Brito é caduca e só atende aos seus interesses próprios. Na sua fala, o vereador de forma irresponsável e sem conhecimento, acusou o vice-prefeito Allan Seixas por organizar a manifestação.

É preciso deixar claro que o ato em apoio à cultura foi organizado por produtores culturais e visa o bem de todos os que fazem cultura na nossa cidade. O movimento não é partidário e só precisa de apoio dos nossos representantes. Esse apoio veio por parte do vice-prefeito que se fazia presente no local como qualquer outro cidadão que estava com o povo.

O episódio mais lamentável nessa história toda ocorreu no dia posterior a reunião quando o secretário de comunicação Wanderley Marques foi a Rádio Difusora acusar o povo de fazer baderna e tumultuar a sessão da câmara. O que o secretário esquece é que o mesmo já colocou uma ata embaixo do braço e saiu correndo de uma das sessões da câmara. Quer baderna maior que essa? Em tempos passados era ele o responsável por "tumultuar" nossa cidade ao se opor as coisas erradas feita pelos políticos da nossa cidade. Uma pena é o secretário hoje defender essas mesmas pessoas que ele tanto criticou. O mesmo deve esquecer, também, que a baderna na câmara é suciitada pelos próprios vereadores. Quem não lembra do episódio onde o vereador Chico Brito agrediu um popular e quebrou-lhe o braço? Lamentável também é o secretário chamar o povo de baderneiro e parabenizar o presidente da câmara, um político que teve suas contas rejeitadas e que tem um histórico um tanto quanto suspeito na história política da nossa cidade. Wanderley parece desconhecer o poder garantido em lei que o povo tem de manifestar-se e atribui o ocorrido como um evento organizado pela oposição.

A manifestação foi organizada pelo povo que se opõe a maneira como nossos artistas são tratados na nossa cidade. O incentivo da cultura é um direito do povo e não deve ser tratado pelo poder público como favor, muito menos ser distribuído sem que haja uma transparência. Fato que ocorre há tempos em Cachoeira. Aquela quarta-feira foi um dia histórico pra nossa cidade. E que venham mais dias históricos!

#AJuventudeDespertou